Estadão Conteúdo
A Operação deflagrada na manhã desta quinta-feira, 23, pela Polícia
Federal, na qual Paulo Bernardo, ex-ministro do governo Lula, foi alvo de
mandado de prisão, foi batizada de ‘Custo Brasil’
A ação da PF, feita em conjunto com o Ministério Público Federal e a
Receita Federal do Brasil, apura o pagamento de propinas, provenientes de
contratos de prestação de serviços de informática, na ordem de R$ 100 milhões,
entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e
agentes públicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
Segundo a PF, estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 40
mandados de busca e apreensão e 14 mandados de condução coercitiva nos Estados
de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal, todos
expedidos, a pedido da Federal, pela 6ª Vara Criminal Federal em São Paulo.
Há indícios, de acordo com a PF, de que o Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão direcionou a contratação de uma empresa de prestação de
serviços de tecnologia e informática para a gestão do crédito consignado na
folha de pagamento de funcionários públicos federais com bancos privados,
interessados na concessão de crédito consignado.
“Segundo apurou-se, 70% dos valores recebidos por essa empresa eram
repassados a pessoas ligadas a funcionários públicos ou agentes públicos com
influência no MPOG por meio de outros contratos – fictícios ou simulados”,
afirma a PF em nota.
O inquérito policial foi instaurado em dezembro de 2015, após a decisão
do Supremo Tribunal Federal (STF) para que a documentação arrecadada na 18ª
fase da Lava Jato, conhecida como Pixuleco II, fosse encaminhada para
investigação em São Paulo.
Os investigados responderão, de acordo com suas ações, pelos crimes de
tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro
e organização criminosa, com penas de dois a 12 anos de prisão.
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